CORONÉ E MINEIRIM
- causo -
Dois mineiros, reconhecidamente considerados "adversários", um da cidade - o "Coroné", outro caipira, o "Mineirim", se encontraram na única barbearia da cidade.
Lá sentados, lado a lado, não trocaram uma só palavra. Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia descambar para discussão e o Coroné tinha fama de brabo, sempre andava armado. Terminaram a barba de seus clientes, mais ou menos ao mesmo tempo. O barbeiro que atendeu o Coroné estendeu o braço para pegar a loção pós-barba e oferecer, no que foi interrompido rapidamente por seu cliente, que disse: -- "Não, obrigado. A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num puteiro..." O outro barbeiro virou-se para o mineirim: -- E o senhor? - indagou. -- "Uai, pó...passá, sô! Mia muié num sabe memo como é cheiro de puteiro: Ela nunca trabaiô pur lá... " A barbearia está fechada até hoje, para reforma - com os espelhos estilhaçados pelos tiros do coroné".
O mineirim, "amuntou" na égua e sumiu!
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(Colaboração de Ruth Farah, Cantagalo - Rj)
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