quinta-feira, 31 de maio de 2018

Pesquisas...

1 - FOLCLORE POLITICO MINEIRO
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=folclore%20politico%20mineiro  

2 - FOLCLORE DE MINAS GERAIS
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=FOLCLORE+MINAS+GERAIS

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SEBASTIAO NERY
http://sebastiaonery.com/ 

quarta-feira, 5 de julho de 2017

O Brasil e a Poesia Africana de Língua Portuguesa * Vima Lia Martins et all - RJ

O Brasil e a Poesia Africana de Língua Portuguesa
Vima Lia Martins
Anita Rodrigues Martins de Maraes
http://pt.calameo.com/read/001893073e879ab2d6876 
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Pequena Observação
para convidar a todos a leitura desta tese: Não sei o que há nem se é que há algo estranho na relação do Brasil com a África no quesito literatura/poesia etc... 
Sei que Portugal edita o Brasil escancaradamente e idem... mas com a África é diferente. Nem o processo de libertação nacional ocorrido naquele continente contribuiu de forma decisiva para a maturidade nas relações culturais. Podemos observar que quando um autor africano é publicado no Brasil tem que ser feito um tremendo esforço para que o mesmo chegue à mídia, o mesmo não ocorrendo com os portugueses aqui nem os brasileiros lá...

Não vou adiantar respostas e deixo a questão com os caríssimos leitores, mas não adianta "acordos ortográficos" nem promoção da literatura africana nas FLIS se a mesma não é respeitada por todos. Creio que será necessário algum "Lima Barreto" levantar a voz neste bananal para espantar os sanhaços...

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sábado, 20 de agosto de 2016

Coisa De Criança: Folclore Político * Antonio Cabral Filho - RJ

Folclore Político:
Coisa De Criança
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- Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola! Posso te fazer uma pergunta?
- Claro, meu filho, qual é a pergunta?
- O que é política, pai?
- Bem, política envolve: Povo; Governo; Poder econômico; Classe trabalhadora; Futuro do país.
- Não entendi, dá para explicar?
- Bem, vou usar a nossa casa como exemplo: Sou eu quem traz dinheiro para casa, então eu sou o poder econômico. Sua mãe administra e gasta o dinheiro, então ela é o governo. Como nós cuidamos das suas necessidades, você é o povo. Seu irmãozinho é o futuro do país. A Zefinha, babá dele, é a classe trabalhadora. Entendeu, filho?
- Mais ou menos, pai vou pensar.
Naquela noite, acordado pelo choro do irmãozinho o menino foi ver o que havia de errado. Descobriu que o irmãozinho tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e viu que sua mãe estava num sono muito profundo. Foi ao quarto da babá e viu através da fechadura o pai transando com ela... Como os dois nem percebiam as batidas que o menino dava na porta, ele voltou para o quarto e dormiu. Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou para o pai:
- Pai, agora acho que entendi o que é política...
- Ótimo filho! Então me explica com suas palavras.
- Bom pai, acho que é assim: Enquanto o poder econômico fode a classe trabalhadora, o governo dorme profundamente. O povo é totalmente ignorado e o futuro do país fica na merda!!!

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sábado, 5 de março de 2016

O Caminho De São Tiago * Olavo Romano - Editora Ática 1984

Minas E Seus Casos
Olavo Romano - Ática 1984
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O Caminho De São Tiago

O pai precisava resolver uns negócios na cidade e chamou o filho para ir junto. Fazia muito tempo que Tiãozinho tinha ido a São Tiago a última vez. Estava agora com dez para onze anos, era quase um rapazinho.

Botou arreio novo no Rosilho, com peitoral e rabicho, coxinho e capoteira. Tomou banho geral, vestiu o terno branco, bebeu um café reforçado e, dia amanhecendo, metia o pé na estrada.

Viagem estirada, a bem dizer quatro léguas, oito ida e volta. Coisa pra macho. Por isto ia tão intimado.

Na cidade, chupou picolé e experimentou refresco de groselha. Escutou conversa de homem na farmácia do João Reis, depois deu umas voltas na Praça da Matriz. Comeu lombo de porco com linguiça, tutu de feijão e couve picadinha na pensão do Luis Caputo. Escutou muita música caipira no rádio do Vicente Mendes, enquanto fazia suas compras: um pente "Flamengo", um espelhinho de bolso com escudo do Vasco nas costas, um canivete "Corneta", mais dúzia e meia de bola de gude pra encantar as vistas e invejar os irmãos.

Duas e pouco, tudo resolvido, saía de volta, acompanhando no pequira a marcha larga da Princesa, besta baia de estimação do pai.

Era janeiro, dias quentes e grandes. Chegou em casa com céu ainda claro. Trocou de roupa, jantou, foi pro alpendre conversar com os agregados. Manuel vaqueiro pergunta:
- Comé, Tiãozinho, gostou da viagem?

O menino tinha as pernas raladas, o traseiro doendo daquele estirão de quase oito léguas. Mas trazia a alma cheia de uma novidade muito bonita. Estufou o peito, tomou um ar solene e revelou ao grupo de empregados a sua importante descoberta:
- Olha, gente, quem quiser saber como este mundo é grande, viaje pros lados de São Tiago.
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sábado, 9 de maio de 2015

Coroné e Mineirim - Causo * Antonio Cabral Filho - Rj

CORONÉ E MINEIRIM
- causo -
 

Dois mineiros, reconhecidamente considerados "adversários", um da cidade - o "Coroné",  outro caipira,  o "Mineirim", se encontraram na única barbearia da cidade.

Lá sentados, lado a lado, não trocaram uma só palavra.
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia descambar para discussão e o Coroné tinha fama de brabo,  sempre andava armado.

Terminaram a barba de seus clientes, mais ou menos ao mesmo tempo.
O barbeiro que atendeu o Coroné estendeu o braço para pegar a loção pós-barba e oferecer, no que foi interrompido rapidamente por seu cliente, que disse:

--  "Não, obrigado.  A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num puteiro..."

O outro barbeiro virou-se para o mineirim:

--  E o senhor? - indagou.

--  "Uai, pó...passá, sô!
     Mia muié num sabe memo como é cheiro de puteiro:
     Ela nunca trabaiô pur lá... "

     A barbearia está fechada até hoje, para reforma  - com os espelhos estilhaçados pelos tiros do coroné".
     O mineirim, "amuntou" na égua e sumiu!  

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(Colaboração de Ruth Farah, Cantagalo - Rj) 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Concurso 1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça * Antonio Cabral Filho - RJ

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ANTOLOGIA BRASIL LITERÁRIO


promove  o concurso:


1ª ANTOLOGIA 100 TROVAS SOBRE CACHAÇA


Art. 1º - DO CONCURSO 

O concurso, 1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça, idealizado, promovido e organizado pelo escritor Antonio Cabral Filho, tem a cachaça apenas como tema central, podendo versar sobre quaisquer assuntos correlatos.

Art. - DAS INSCRIÇÕES

Poderão se inscrever somente autores brasileiros, maiores de 18 anos, residentes no Brasil, com apenas (1) trova por participante.
§ 1º - A inscrição é gratuita. Será aceita no período de 15 de março a 15 de agosto de 2015, com o envio da trova em Time New Romain tamanho 14, espaço simples e resumo biográfico em cinco linhas, através do e-mail antologiabrasiliterario@gmail.com, dirigido à  1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça, Org. Antonio Cabral Filho.
§ 2º - A trova, escrita em língua portuguesa, deve ter:
a ) obrigatoriamente, métrica setessilábica;
b ) rima, que poderá ser, abab, abba ou aabb;
c ) os necessários sinais de pontuação;
d ) letras maiúscula, somente, no início das frases que compõem os versos.


Art. 3º - DA COMISSÃO JULGADORA

A Comissão Julgadora é soberana em suas decisões e conferirá notas de 0,1 a 10 cujo resultado será irreversível. As trovas classificadas,  até o limite de cem (100), participarão da 1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça, cabendo,  aos autores a responsabilidade quanto à autoria e inscrição do texto.

Art. - DA 1ª ANTOLOGIA 100 TROVAS SOBRE CACHAÇA

A 1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça terá 100 páginas destinadas às trovas classificadas, o equivalente a uma (1) página por autor, antecedidas de dez (10) páginas a cargo da Comissão Julgadora, resultando em um livro de 110 páginas, em formato e-book (livro digital) que será entregue, via e-mail, aos participantes. A todos, que se interessarem, estará disponível gratuitamente via internet. Será publicado no blog: ANTOLOGIA BRASIL LITERÁRIO
Ficará a cargo dos autores a livre divulgação em outros espaços.

Art. - DAS RESPONSABILIDADES

O promotor do concurso informa que o ato de inscrição significa aceitação das normas, acima expostas, e a consequente liberação da obra para integrar este certame. A divulgação dos resultados será publicada no blog ANTOLOGIA BRASIL LITERARIO, de propriedade do promotor do evento, até 15 de setembro de 2015, seguida da publicação e envio do livro aos autores, conforme Art. 4º .
Parágrafo único - Todos os inscritos terão os trabalhos publicados, um em cada postagem, no blog do concurso.

COMISSÃO ORGANIZADORA
Rio de Janeiro, 15 de março de 2015
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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Macumba de Mãe Preta - Poema * Antonio Cabral Filho - Rj

-o grito e.munch-
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MACUMBA DE MÃE PRETA

Mãe Preta era ama de leite,
e amamentou os filhos de Ioiô
até eles pegarem tope

e enquanto Mãe Preta amamentava
os fio de Ioiô, ela cantava
as canções de ninar

que seus avós lhe ensinaram
e que tinham o poder de abrandar
a alma dos ouvintes.

Aí, quando os fio de Ioiô
deram de namorar as irmãs de leite,
"Seu Ioiô" ficou muito zangado

e foi raiar com os ioiozinhos,
dizendo que não eram gente,
que eram tudo feiticeiras,

que não passavam de animais
e nem alma tinham, mas quase morre de susto
com os ioiozinhos defendo preto,

dizendo que iam tornar a fazenda
no maior quilombo do mundo,
com pretos e brancos vivendo juntos,

cada um do seu suor.
Aí "Seu Ioiô" teve um soluço
e morreu num piripaco...
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